A intoxicação anticolinérgica ocorre quando há um bloqueio excessivo dos receptores muscarínicos da acetilcolina, um neurotransmissor essencial para o funcionamento do sistema nervoso parassimpático. Isso pode acontecer por uso acidental ou deliberado de medicamentos com propriedades anticolinérgicas, como anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, antiespasmódicos, entre outros.
Os sintomas são característicos e incluem confusão mental, alucinações, agitação, boca seca, pele quente e avermelhada, retenção urinária, taquicardia e dilatação das pupilas. Em quadros mais graves, pode haver convulsões, coma e risco de morte. A expressão “quente como uma lebre, cego como um morcego, seco como um osso, louco como um chapéu” é frequentemente usada para descrever esse quadro clínico.
O diagnóstico é clínico, baseado nos sinais e sintomas apresentados, e na história de uso de substâncias com ação anticolinérgica. Exames laboratoriais podem ser úteis para descartar outras causas, mas não confirmam diretamente a intoxicação. É importante que profissionais de saúde estejam atentos a esse tipo de quadro, especialmente em contextos de intoxicação intencional ou uso indevido de medicações.
O tratamento da intoxicação anticolinérgica é de suporte, incluindo hidratação, controle dos sintomas e, em casos específicos, o uso da fisostigmina — um antídoto que atravessa a barreira hematoencefálica. No entanto, seu uso deve ser criterioso e supervisionado, devido ao risco de efeitos adversos. A prevenção ainda é a melhor abordagem: o uso racional de medicamentos e a orientação adequada aos pacientes são fundamentais para evitar esse tipo de intoxicação.
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